sábado, 17 de dezembro de 2011

Identifique problemas na RAM com o Memtest86



Pentes de memória com defeito podem causar todo tipo de comportamento estranho no PC, de “congelamentos” a boots inesperados. Faça o diagnóstico com este utilitário gratuito.
Você acha que tem um pente de RAM defeituoso em seu PC? Pois O Mentest86, um utilitário gratuito, pode ajudá-lo no diagnóstico. Mas antes, me deixe contar uma história real...
Alguns dias atrás meu notebook “congelou” de forma assustadora, com a tela tomada por um mosaico de linhas, retângulos e outros artefatos de imagem. Reiniciei a máquina, voltei ao trabalho e... 20 minutos depois o problema se repetiu. Uh-oh...
Isso não era um erro do Windows ou infecção por malware, já que ambos resultariam em mensagens de erro e comportamento inesperado do sistema operacional. Não, eu tinha quase certeza de que se tratava de um problema de hardware. O notebook em questão já tem alguns anos de uso, e já “chacoalhou” bastante dentro da minha mochila. Será que o monitor estava com defeito?
E então me lembrei que, algumas semanas antes, eu havia instalado um novo pente de RAM, levando a máquina de 2 GB para 4 GB. “Aha! O problema deve ser um pente de memória com defeito”, pensei.
O primeiro passo para o diagnóstico foi remover o novo pente e usar o PC para ver se ele travava de novo. Não travou. Foi aí que decidi usar o Memtest86 para ajudar a determinar se o novo pente estava mesmo com defeito.
Antigamente, para rodar o Memtest86 era necessário gravar um CD com o programa e dar boot a partir dele, algo um tanto incômodo e potencialmente impossível em algumas máquinas, que não tem drive óptico. Felizmente agora há uma versão que é capaz de rodar a partir de um pendrive, e facílima de usar. Basta encontrar um pendrive qualquer (o tamanho não importa, já que o programa ocupa apenas 125 Kbytes), baixar o Memtest86 e rodar o “Auto-installer for USB Key”. Note que isso irá apagar todo o conteúdo do pendrive, então certifique-se de que você não tem nada importante lá dentro.
Depois reinicie seu PC com o pendrive conectado e “dê boot” a partir dele (pode ser necessário modificar a configuração da BIOS para permitir isso. Consulte o manual de seu computador). O Memtest86 começará o teste de memória imediatamente, e irá relatar quaisquer erros que encontrar. O conjunto completo de testes pode demorar um pouco para completar, portanto é recomendado deixar o PC sozinho por algumas horas.
O Memtest86 não é o utilitário mais amigável do planeta: muitos dos comandos e resultados parecem grego pra mim, e a leitura do manual é mais do que recomendada. Mas ele pode responder com autoridade se seu PC tem ou não um pente de RAM com defeito, e se tiver ele é provavelmente a causa por trás das telas azuis e outros comportamentos estranhos de seu sistema.
Curiosamente, o Memtest86 não encontrou nenhum erro em meus pentes de RAM, e depois que reinstalei o pente novo meu PC não teve mais problemas. Acredito que na primeira vez que o instalei ele não estava corretamente encaixado, ou talvez tenha se soltado durante o transporte do notebook. Só o tempo dirá.
Download Programa AQUI
Manual AQUI

Fonte: Rafael Rigues, PCWorld Brasil

sábado, 3 de dezembro de 2011

Megapixels, Megabytes e DPI


Megapixels, Megabytes e DPI

Conheça o significado destes termos e entenda como eles afetam as suas fotografias digitais

Hoje em dia a vida é fácil: nos velhos tempos, usar tecnologias como câmeras digitais e softwares de edição de imagens era muito mais complicado. Meu primeiro livro sobre fotografia digital foi lançado em 1998 e tinha páginas e mais páginas com dicas sobre como resolver problemas obscuros, coisas como “como ligar sua câmera à porta serial do PC” (isso foi antes da popularização das portas USB) e “como fazer seu editor de imagens ler arquivos TIFF”. Mas não importa se você está começando agora e procurando umas dicas ou se é um veterano da fotografia, aposto que ainda há algumas coisas sobre as imagens digitais que você não conhece.
Desta vez, preparei um guia com tudo o que você sempre quis saber megapixels, megabytes e DPI. Com certeza ele irá ajudá-lo a entender melhor a fotografia digital.

Tudo começa com uma pergunta.

O jargão da fotografia digital pode ser confuso, ainda mais quando tantos termos soam tão similares. Frequentemente encontro pessoas que confundem megapixel e megabyte, por exemplo, e recentemente uma leitora me pediu ajuda com um dos pontos que mais causam confusão: como interpretar o número de “DPI” associado a uma imagem. Ela disse: “Quando eu mando uma foto com 300 DPI por e-mail, ela “muda” para 72 DPI. Porque? E como eu a envio de uma forma que mantenha a resolução”?

Vamos começar pelos megapixels (ou “quão grande”)

Primeiro, as boas notícias: o problema não é tão grave quanto parece, e a foto não está mudando de resolução ou perdendo a qualidade sozinha. Mas para explicar o motivo, tenho que levá-lo em uma jornada através de informações sobre o tamanho das imagens no mundo da fotografia digital.

Pronto para ir?
As câmeras são geramente caracterizadas pelo termo megapixel (MP), ou quantos milhões de pixels (pontos que compõem a imagem) os sensores conseguem colocar em uma foto. Uma câmera de 10 MP tira fotos que contém 10 milhões de pixels. Por exemplo, minha Nikon D200 tira fotos com 3872 pixels de largura e 2592 pixels de altura. Multiplique um número pelo outro e você terá... 10.036.224 pixels, ou 10 megapixels.
Então, os megapixels definem o tamanho da imagem, medido na quantidade de pixels que ela contém. 

Próximo item: megabytes (ou “quão pesada”)

Também é importante medir uma foto pelo tamanho do arquivo, ou o número de “megabytes” (MB) que ela ocupa no cartão de memória ou HD. Pense nisso como se fosse o “peso” da imagem, como se ela fosse pesada em uma balança.
Megapixels e o tamanho do arquivo (megabytes) não tem quase nada a ver um com o outro. É possível ter uma foto de 10 MP que ocupa menos de 1 MB em seu HD, ou uma que ocupa 6 MB. O tamanho do arquivo depende de vários fatores, incluindo a resolução (em megapixels) mas também o formato de arquivo usado (JPEG ou RAW, entre outros) e o nível de compressão usado pela câmera na hora de salvar a foto, que às vezes é indicado na câmera como “qualidade” (Fine, Super Fine, etc).

Densidade dos pixels: DPI

Finalmente chegamos ao ponto principal, os DPI ou “Dots Per Inch” (Pontos Por Polegada, em Português). Este número ajuda a entender quão grande a imagem vai parecer quando for impressa ou mostrada numa tela, ou seja, seu tamanho de exibição (ou tamanho aparente) e - aqui está a chave - se refere à “mídia” onde ela será exibida, e não à foto em si.
Imagine que você pegou uma das fotos de 10 MP que descrevi no começo do artigo e quer mostrá-la na tela do computador. Os monitores de um PC tendem a ter uma resolução de cerca de 96 DPI, o que singnifica que há 96 pontos por polegada (2,5 cm) de tela. Se você mostrar a imagem em “tamanho natural”, de forma que cada pixel na imagem ocupe um pixel na tela, terá uma imagem com cerca de 40 polegadas (1 metro) de largura. Mas a mesma foto impressa em uma impressora jato-de-tinta a 300 DPI resulta em uma imagem de 30 cm de largura (3872/300). 

Resumindo

Megapixels: indica quantos pixels uma foto contém. Serve como um indicador do tamanho da imagem, já que quanto mais pixels maior a imagem, mas não diz NADA sobre a qualidade no que diz respeito a cor, contraste, nitidez, etc. 

Megabytes: dizem quanto espaço a foto ocupa no cartão de memória ou HD do PC, e não tem nada a ver com os “megapixels” da câmera. Uma mesma imagem, com a mesma resolução, salva em diferentes níveis de compressão irá resultar am arquivos com tamanhos diferentes em megabytes.

DPI (Dots per Inch): Inútil por si só, esta informação deve ser combinada à resolução da imagem para que seja possível saber qual o tamanho aparente dela em um determinado dispositivo de exibição, seja um monitor ou folha de papel. Para isso você precisa saber o DPI do dispositivo. Por exemplo, monitores de PCs costumam operar a 96 DPI, e a maioria das impressoras jato-de-tinta produz imagens com qualidade “fotográfica” a 300 DPI. Por isso, uma imagem que “enche” o monitor às vezes parece tão pequenininha quando impressa.

Fonte: Dave Johnson, PCWorld EUA