IPO é a emissão primária (abertura para negociação) de ações de
uma empresa de capital aberto na bolsa de valores, no caso brasileiro, na
BM&FBOVESPA. A oferta pública inicial ocorre quando se está querendo
“abrir” o capital de uma empresa.
O professor Juarez Camargo, da Asterisco Consultoria de
Investimentos, explica de uma forma bem didática: “Vamos supor que você tenha
uma empresa da qual seja o único proprietário e ela comece a se expandir. Com o
tempo, você resolve que, em vez de pedir dinheiro emprestado para crescer,
poderia conseguir novos sócios. Para colocar em prática sua decisão, você pode
‘abrir’ o capital da empresa – possibilitar a entrada de outros investidores –
de maneira que qualquer investidor interessado, na oferta pública inicial,
participe como sócio de sua empresa, comprando as ações que você colocará para
vender.”
Com o IPO, uma empresa passa a ser listada na BM&FBOVESPA. O
preço da ação na oferta inicial é conhecido como IPO Price (Preço do IPO). Esse
preço é obtido por um processo chamado debookbuilding e definido com base na avaliação do
patrimônio da empresa por especialistas de mercado. Uma oferta pública também
pode ser secundária. Neste caso, significa um aumento de capital de uma empresa
que já está com ações negociadas na Bolsa.
“Por definição, os IPOs são arriscados e perigosos”, avalia
Juarez Camargo. “Os preços das ações oscilam muito do primeiro para o segundo
dia de negociação. Porém, são também nesses momentos que se pode ganhar muito
dinheiro. As pessoas que mexem com o mercado financeiro já devem saber que onde
há risco alto, há também possibilidade de retorno alto. Por isso, quem quiser
participar de um IPO deve procurar profissionais de sua corretora de confiança,
pois eles têm mais informações sobre as empresas que estão abrindo capital e quais
são as possibilidades de ganho a curto, médio e longo prazo.”
Por Miguel Baia Bargas, repórter do Mulheres em Ação.

