domingo, 3 de junho de 2012

IPO

O enigmático “Ai-pi-ou”, quer dizer, IPO, sigla que em inglês significa Initial Public Offering, que, abrasileirando, é para alguns Oferta Pública Inicial; e para outros, Oferta Primária de Ações. Porém, relaxe. No mundo inteiro – e o Brasil faz parte do mundo – é conhecido como IPO.
IPO é a emissão primária (abertura para negociação) de ações de uma empresa de capital aberto na bolsa de valores, no caso brasileiro, na BM&FBOVESPA. A oferta pública inicial ocorre quando se está querendo “abrir” o capital de uma empresa.
O professor Juarez Camargo, da Asterisco Consultoria de Investimentos, explica de uma forma bem didática: “Vamos supor que você tenha uma empresa da qual seja o único proprietário e ela comece a se expandir. Com o tempo, você resolve que, em vez de pedir dinheiro emprestado para crescer, poderia conseguir novos sócios. Para colocar em prática sua decisão, você pode ‘abrir’ o capital da empresa – possibilitar a entrada de outros investidores – de maneira que qualquer investidor interessado, na oferta pública inicial, participe como sócio de sua empresa, comprando as ações que você colocará para vender.”
Com o IPO, uma empresa passa a ser listada na BM&FBOVESPA. O preço da ação na oferta inicial é conhecido como IPO Price (Preço do IPO). Esse preço é obtido por um processo chamado debookbuilding e definido com base na avaliação do patrimônio da empresa por especialistas de mercado. Uma oferta pública também pode ser secundária. Neste caso, significa um aumento de capital de uma empresa que já está com ações negociadas na Bolsa.
“Por definição, os IPOs são arriscados e perigosos”, avalia Juarez Camargo. “Os preços das ações oscilam muito do primeiro para o segundo dia de negociação. Porém, são também nesses momentos que se pode ganhar muito dinheiro. As pessoas que mexem com o mercado financeiro já devem saber que onde há risco alto, há também possibilidade de retorno alto. Por isso, quem quiser participar de um IPO deve procurar profissionais de sua corretora de confiança, pois eles têm mais informações sobre as empresas que estão abrindo capital e quais são as possibilidades de ganho a curto, médio e longo prazo.”

Por Miguel Baia Bargas, repórter do Mulheres em Ação.


quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Preço linear e preço âncora: você sabe o que é isso?

Para nos induzir a gastar mais, os comerciantes usam vários truques. Cuidado: fique esperta e não desperdice seu dinheiro
Em 2011, foi divulgado um estudo que aborda como o marketing e a psicologia são utilizados para fazer as pessoas consumirem mais sem perceber. Para não ser ludibriada, é importante saber o que é preço não linear, preço âncora e o famoso preço terminado em “99”.
Segundo o economista – e um dos autores do estudo – Robert Wilson, professor da Universidade de Stanford, o preço não linear ocorre quando o preço final que pagamos não sobe proporcionalmente na mesma quantidade de produtos ou serviços que estamos adquirindo. É o famoso “pague 2 e leve 3”.
O que ocorre no preço não linear – decisão racional, só que impulsiva – é que necessariamente você não está economizando. O consumidor faz estoque de um produto, mas esse dinheiro poderia ter sido utilizado em outra coisa. Um exemplo clássico de preço não linear ocorre nas farmácias. Você precisa de duas pastas de dente: uma para agora e outra de reserva. A pasta custa R$5,00 e a farmácia “vende 5 e cobra 4”, logo o pacote custa R$20,00. Tentada pela promoção, você resolve comprar o pacote, gastando R$10,00 a mais. Fez uma boa compra? Possivelmente. Saiu satisfeita? Talvez. Porém, mais feliz ainda ficou o dono da farmácia, que fez você gastar o dobro.
Outra forma de induzir as pessoas a gastar mais é a ancoragem dos preços, descoberta em 1974 pelos psicólogos Amos Tversky e Daniel Kahneman, que ganharam o Prêmio Nobel de Economia. Para explicar o preço âncora, vamos contar uma historinha. Uma empresa norte-americana especializada em produtos de cozinha vendia uma máquina de fazer pães por US$279,00. Foi um fracasso. Mesmo assim, lançou outra versão, um pouco maior, a US$479,00. Novo fracasso. Porém, um fato curioso ocorreu: a partir do segundo lançamento, as vendas da máquina de US$279,00 bombaram. Isso se chama ancoragem de preços, fenômeno em que, ao comparar o valor numérico de algo, as pessoas são inconscientemente influenciadas por outros números relacionados. O subconsciente das pessoas trabalha de forma irracional.
Existe também o preço terminado em “99”, introduzido no mercado norte-americano em meados do século 19. Pesquisadores avaliam que o preço terminado em zero é mais fácil de ser lembrado por ser um número redondo. Assim, com os preços claros na cabeça, o consumidor pode pesquisar valores menores e, consequentemente, comprar menos por impulso. Por isso, o “99” é tão presente em anúncios de lojas e em shoppings cujo objetivo é chamar a atenção para o preço. Aliás, não é só o número que age no subconsciente. Vírgulas e pontos também: R$200.000,00 não parece “maior” que R$200 mil? Por esse motivo que as revendedoras de automóvel e os corretores de apartamento colocam os preços de seus produtos da segunda forma.
Como se pode perceber, vale tudo para vender e os consumidores precisam ficar espertos. Você tem de ser disciplinada e conter os impulsos gastadores. Com alguma metodologia, é possível fazer boas compras e tirar proveito das promoções.

Por Miguel Baia Bargas, repórter do Mulheres em Ação.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

ETFs – Fundos de Índices


Os fundos de índices, conhecidos no mundo todo como ETFs (Exchange Traded Funds), são fundos espelhados em índices e suas cotas são negociadas em Bolsa da mesma forma que as ações. É um tipo de investimento inovador no Brasil, mas que vem registrando um crescimento constante no volume de ativos.

Ao adquirir cotas de um determinado Fundo, o investidor passa a deter todas as ações componentes do índice a ele relacionado, sem ter de comprar separadamente os papéis de cada empresa. Desta forma, os Fundos de Índices podem proporcionar maior praticidade, rapidez e eficiência no momento de investir, além de facilidade para acompanhar seu desempenho, que está associado ao do respectivo índice.

Mas lembre-se! Investir em ações faz parte da categoria de renda variável de investimentos. E como todo investimento de renda variável, está relacionado a fatores externos, que trazem alguns riscos para o seu negócio. Ou seja, a rentabilidade do seu investimento não pode ser garantida.

Entenda melhor como eles funcionam e como podem funcionar para você, a seguir.